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História Social a Norte 

Nas últimas décadas, o panorama historiográfico português, seguindo a tendência internacional, tem registado um crescimento considerável do número de trabalhos produzidos no domínio da História Social, para o que contribuiu, entre outros fatores, o contacto profícuo com as escolas historiográficas francófona, espanhola e anglo-saxónica.

É neste contexto que, no Instituto de Ciências Sociais da Universidade do Minho, se formou um grupo de trabalho, composto por 44 investigadores, por iniciativa de Maria Marta Lobo de Araújo, investigadora do Laboratório de Paisagens, Património e Território (Lab2PT)  e docente do Departamento de História. 

Contando com cerca de 21 anos de existência, o grupo História Social a Norte (HSN) tem contribuído para o desenvolvimento da História Social em termos académicos, através da produção científica dos seus membros, materializado na publicação de livros, capítulos de livros e artigos científicos, bem como na organização de congressos e doutras iniciativas com impacto nacional e internacional. Tem colaborado, igualmente, na promoção e divulgação do saber histórico junto das comunidades locais, regionais, nacionais e internacionais, participando em vários projetos e atividades.

A atividade desenvolvida pelo grupo tem como arco temporal a Idade Moderna, embora alguns dos seus elementos sejam contemporanistas. Assim, os trabalhos situam-se, grosso modo, entre os séculos XVI e XIX, considerando os contextos, as instituições, as políticas e os agentes sociais. Dentro destas categorias mais latas, cabem misericórdias, confrarias, asilos, hospitais, dispensários, beneméritos e legatários; problemáticas sociais, como a pobreza, a mendicidade e a vagabundagem, a doença, as epidemias e os grandes desafios da saúde pública, a emigração e o retorno, a mulher, os dotes, a assistência aos peregrinos; e matérias mais transversais, como a morte, as elites, o ócio e as sociabilidades, as festas e o lazer, a viagem e o advento do turismo, o vestuário e a moda. Estes e outros temas levam a uma aproximação a outras áreas, como a História da Família, a História Religiosa, a História da Alimentação e a História Cultural, tratadas por alguns dos seus membros, incluindo o estudo da vida monacal, da parenética ou dos manuais de confessores.

O norte de Portugal é o espaço privilegiado de trabalho, procurando tirar partido do seu enorme potencial para o labor investigativo, sem, no entanto, negligenciar outras regiões do país e até a vizinha Espanha e outros países do continente europeu e sul-americano.

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